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an-dando

Quando me escrevo, descrevo. Quando descrevo, estou. Quando estou, dou.

an-dando

Quando me escrevo, descrevo. Quando descrevo, estou. Quando estou, dou.

Fecundidade

28.06.11

Existe uma pequena quinta, lá para a região da Beira Alta. Nessa pequena quinta há várias árvores de fruta: pereiras, macieiras, ameixieiras, uma cerejeira, figueiras, oliveiras, ... Quando chega a época do ano apropriada para cada uma delas, oferecem-nos os seus frutos. Sem nada terem pedido, sem nada terem exigido. Ali estão os frutos, prontos para serem colhidos e saboreados. Sem condições, sem exigências. Simplesmente estão ali. Se não forem colhidos também não faz mal, servem para os pássaros. Se nem os pássaros os quiserem, também não faz mal. Caem no chão e fazem adubo. Esta realidade de abundância e generosidade cala fundo dentro da minha alma. A minha admiração e gratidão por esta mãe terra que cuida de nós vai aumentando e consolidando.

Habituada a viver entre alcatrão e cimento, num mundo escasso de fertilidade e generosidade, aprendo esta lição. Uma lição de propósito, de finalidades, de cumprimento de missão. Uma lição de dádiva, de partilha, de ciclo fecundo e gerador de vida e riqueza. Uma lição de simplicidade e eficácia.

Pirâmides e sentidos

10.06.11

Agora que me impuseram condições, agora é a minha vez de impor condições.

Estarei disposta se estiverem dispostos, farei se vir que fazem, apoiarei se vir que há apoio.

A verdade é que a confiança se foi, diluída no show que tenho visto. A unidade também. A identidade está por um fio. Triste fica a minha alma quando vê essa quebra entre a palavra e a acção.

Agora, meus senhores, quero ver.

Antes de entrar no jogo é a minha vez de esperar.

Restabelecer começa pois por cima já que a pirâmide insiste em não ser invertida.