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an-dando

Quando me escrevo, descrevo. Quando descrevo, estou. Quando estou, dou.

an-dando

Quando me escrevo, descrevo. Quando descrevo, estou. Quando estou, dou.

Simplesmente uma árvore

28.07.10

Conheço uma árvore bem grande...

 

Quando nasci já existia, tem sido testemunha tranquila do passar dos tempos. Penso nela e tenho-a como professora. Com a minha inquietude sei que não é fácil estar sempre no mesmo lugar....

 

O que é tão curioso é que, estando ali, simplesmente balançando os ramos ao vento, parecendo não participar em nada desta vida... é um modelo para nós humanos, tão inteligentes e superiores!

 

Ensina-me essa persistência de continuar sempre (porquê, para quê?).

Ensina-me a ter as raizes na terra, tendo essa direcção de crescimento para o alto.

Ensina-me a dar sem pedir nada em troca.

Ensina-me a perceber que não preciso de correr para ter tudo o que me faz falta.

Ensina-me que participar não é mais do que viver cumprindo o meu objectivo, a minha missão.

Ensina-me que de lá de cima, de onde não chego, a perspectiva é outra, a visão é mais alargada.

Isso é uma das coisas que vou ganhando, à medida que o tempo da minha vida vai passando: um horizonte mais amplo.

Esse horizonte crescente traz-me um conhecimento maior e mais profundo de mim, dos outros e da vida.

Sei que esse é o caminho da plenitude.

 

É apenas uma árvore. Uma grande simplicidade!

 

 

 

 

 

Arrancar

26.07.10

A decisão de viver, em cada dia que passa, é sem dúvida nenhuma uma decisão pessoal e intransmissível.

 

Essa coisa de querer que essa responsabilidade seja fruto do acaso, das circunstâncias, do sol, da lua e da chuva na rua

não é mais do que uma espécie de criancice.

 

A vida não é tão longa assim. Há que viver cada dia, cada hora, cada minuto, cada momento.

Tenho essa responsabilidade, esse dever para comigo mesma.

 

Mesmo que isso seja ir à luta, cheia de medo dos resultados!!

 

Hoje perdi um pouco de mim

16.07.10

Hoje perdi um pouco de mim.

Foi o sonho, foi a esperança.

Foi o querer, o temer e o desejar.

Hoje perdi um pouco de mim.

Levado pela brisa, pelo insondável,

Pelo indecifrável, pelo incompreensível.

Hoje perdi um pouco de mim.

Perdi de mim aqui, nesta forma, nesta realidade.

Queria cantar, dançar, gritar ao Sol e a todas as estrelas

Queria vibrar, emoção e vida palpitante.

Não foi assim,

Perdi um pouco de mim.

Fica a ligação, fica a existência para lá do que aqui é

Fica a certeza de que há mais para além daqui

Porque o sinto, porque o sei no meu coração.

Perdi um pouco de mim aqui,

Ganhei um pouco de ti mais além.

Saiba eu manter esta ligação tão fugaz

Possa eu manter o que sente o meu coração

E nada perdi

Só ganhei.