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an-dando

Quando me escrevo, descrevo. Quando descrevo, estou. Quando estou, dou.

an-dando

Quando me escrevo, descrevo. Quando descrevo, estou. Quando estou, dou.

Intervalo

27.08.09

Aqui o tempo não é seguro e não existem previsões meteorológicas para este pequeno microclima. Hoje de manhã estava um sol fabuloso e agora está nevoeiro e quase a chover. Isto é engraçado porque me ensina exactamente a adaptar-me a cada altura do dia, a não ter muitos planos, a manter-me disponível para ocupar o meu tempo de uma forma flexível. Ao invés do que acontece habitualmente: quer chova ou faça sol, lá vou eu todos os dias para o meu trabalhinho. Às vezes o cansaço é só por isso mesmo: pela obrigação de repetir todos os dias os mesmos gestos, condicionando o meu ser, despojando-me do que realmente sou - sou muito mais do que uma máquina.

Poder simplesmente estar e ser, ao sabor do meu ritmo, do meu eu, do que sinto, é um privilégio que tenho a sorte de estar a viver agora.

Saboreio devagar estes momentos que me dão alento para mais um ano de trabalho, de lutas, de exigências.

Agora simplesmente sou. E o que faço? De preferência nada de especial e isso é que é mesmo muito especial.

 

Eu não fiz e tu não percebes nada

20.08.09

Se me disseres que eu fiz o que fiz, eu direi que não fiz, não. Mesmo que me acuses de ter feito o que fiz, acusar-te-ei de não teres feito o que deverias ter feito. E mais te direi que daquilo que fiz nada percebes e daquilo que deverias fazer ainda percebes menos. A todos direi que, se fiz o que fiz, foi porque, na actual circunstância, me pediram e suplicaram que o fizesse porque já tinham feito tudo o que sabiam e nada tinha resultado. Com sacrifício, faço o que agora faço para bem de todos e porque sei que talvez mais ninguém seja capaz de o fazer tão bem como eu o faço.

Irmão ... difícil!

15.08.09

Que fazer quando queres a todo o custo que acredite em ti? Que fazer quando sei que mentes de uma forma tão natural e normal que parece que essa é mesmo a tua pele? Poderia talvez deixar-te mas o que se passa é que o caminho é comum.... preciso de ti como precisas de mim. Recebemos essa dádiva que nos une até ao fim dos tempos e, quem sabe, mesmo para além.

Este é agora o meu problema. Porque, para ti, isto não é nenhum problema, não há nenhuma questão, está tudo bem. Podemos esquecer tudo o que se passou, apagar os maus bocados com essa borracha da irrespopnsabilidade e fugir em frente.  Podemos ignorar as desavenças, os gritos, as faltas de respeito, o amachucar de uns e de outros, os mails e as conversas manipuladoras e sujas. Riscamos essas coisas e sorrimos como se nada tivesse acontecido. Pois, meu caro, para mim a história não é assim. Para mim, há que olhar e perceber essa realidade que vivi, há que aprender com ela sob pena de tudo se voltar a repetir qualquer dia destes.

Acho que nunca te disse mas aquilo que sentias por veres que as coisas não estavam a andar como tu querias e achavas que deviam andar, isso mesmo que tu sentiste, eu também um dia senti quando eras tu que estavas onde agora estavam outros que derrubaste com os teus ímpetos. Aprendi contigo, nessa altura, que todos temos direito a estar, mesmo que, por vezes, não saibamos muito bem o que andamos aqui a fazer. Aprendi contigo a calar-me e não deitar abaixo; aprendi a esperar, a perdoar, a dar mais uma hipótese. Aprendi o tempo de intervir e aprendi que sempre, sempre haverá mais e mais para fazer, mais e melhor; aprendi que é bem fácil criticar e deitar abaixo e mais difícil é continuar, não virar costas. Aprendi que somos irmãos, mesmo que eu não possa com as tuas mentiras e manipulações.

Fico muito triste quando te vejo espezinhar outros que estão a fazer o melhor que sabem; entristece-me que para ti o sofrimento simplesmente é algo que não consideras, que te é absolutamente indiferente. Sofro pelos que amachucas e sofro também por ti.

Oxalá sempre seja possível que nasça e se desenvolva o perdão dentro do meu coração. É ele que permite que eu não te responda da mesma moeda e que, por isso mesmo, possibilita que eu possa estar ao teu lado, irmão.

Love Story

15.08.09

Afinal ainda aqui ando.... a aprender a paciência!

 

Encosto a minha cabeça no teu ombro, fecho os olhos e deixo-me embalar. Sinto-te porto seguro, abrigo de tempestades e naufrágios, sol no meio da trovoada. Sei que posso contar contigo, que estás aqui hoje e sempre... se eu deixar. Só depende de mim, de não me deixar ser demasiado voluntariosa. Só qb, como o açúcar!

Se eu deixar ... o teu espaço, meu espaço .... se eu respeitar a vida que corre dentro de ti, dentro de mim .... se eu for capaz de te dar a ternura de que precisas... de que preciso... se te der o carinho de um aconchego no final do dia... se me der .... se te falar docemente, se me sussurrar...

 

 

Vida boa!

14.08.09

Finalmente o dia chegou... Farta de ver outros irem e voltarem, farta de estar aqui, enfiada, dentro de écrans de computadores, de servidores, de sistemas operativos, ficheiros e pastas, farta de não ter tempo para respirar por andar atrás de problemas grandes e pequenos, algumas teimosias e coisas desnecessárias, cansada de dormir pouco, trabalhar muito, pensar demais, sofrer por isto e por aquilo, amparar, conversar, ver das dores (das minhas e das dos outros), exausta desta roda viva vazia de espaço de simplesmente estar...

Agora é a outra metade da vida...

Sol, praia, fazer o que apetecer, dormir, rir, brincar, passear, sentir a areia nos pés, ver a força do mar a espraiar-se em chuva de espuma, correr, gritar, deitar e ver o céu, fazer ioga na praia, sentir o silêncio da vida natureza às 7 da matina... ler, jogar, conversar, deixar o olhar seguir o voar das gaivotas, fechar os olhos e apenas sentir a brisa na minha pele...

Biquini, calções, chinelos e uma toalha... Isto é que é vida, hem??